terça-feira, fevereiro 28, 2006

A “marca” Sporting

Por um acaso destes em que o mundo blogosférico é pródigo, fui confrontado pelo Leão Mindo, Sportinguista e creio que bloguista do Sangue Leonino, acerca da qualidade da gestão do Projecto Roquette.

A “batalha” teve lugar em casa dos meus amigos “galegos” da Sociedade Leonina, e como não sou daquelas visitas que chegam ao lar dos anfitriões e se peidam ou tiram macacos do nariz e os colam debaixo do sofá, aproveitei o facto para desenvolver um pouco mais a ideia cá em casa, coisa que aliás estava para fazer há já uns tempos, focalizando a atenção do comentário num aspecto especifico que tenho aflorado em vários posts no passado mas sem nunca ter evoluído para as implicações económicas que lhe estão subjacentes... a importância dos Sportinguistas na vida do Clube.

Durante anos, ainda durante a presidência de João Rocha, já o discurso “oficial” era a importância que o património que o Sporting detinha (nessa altura consubstanciado em terrenos) teria para o futuro do Clube.

Quando os dirigentes do Projecto Roquette assumiram o Clube, a prioridade foi posta na rentabilização do património “imobilizado”, que apesar do seu elevado valor não gerava receitas.

Foi com essa estratégia em mente que se trocaram terrenos por parte do investimento no novo estádio, que em si mesmo seria potenciador de um aumento exponencial de novas receitas. Foi também a pensar numa alternativa válida e sobretudo consistente que se pensou dar uma utilização comercial ao que restava dos terrenos, no sentido de serem obtidas receitas que não estivessem dependentes do fenomeno desportivo.

Tudo isto seria alcançado com base em acordos bem trabalhados com instituições financeiras que, com base na importância da “marca” Sporting, vendo no Clube um parceiro com mercado, se aliariam ao Projecto e lhe porporcionariam as “ferramentas” financeiras necessárias para arrancar com o plano.

Quando esta estratégia foi apresentada (e foi-o assim, tal como a descrevo e de nenhuma outra forma) creio que nenhum Sportinguista a terá posto em causa, tão evidente era o beneficio para o Clube, independentemente do desacordo pontual com que alguns Leões encaravam uma ou outra proposta incorporada no Projecto.

Tinhamos então um estudo de mercado que valorizava a “marca” Sporting, lhe atribuía um mercado importante e além disso em expansão, meios próprios e acordados para fazer face ao investimento e previsões reais e seguras em relação ás receitas futuras... que poderia correr mal?

Pergunto eu, que correu mal senhores dirigentes do Sporting?

Que aconteceu entretanto para que de um Projecto claro e assente em pilares sólidos tenhamos descambado para esta situação insólita de ver o principal responsável por tudo o que foi projectado assumir, nem 10 anos depois, uma inflexão total daquilo que havia defendido (e outros por ele defenderam) até há poucos meses atrás?

O Leão Mindo desafiava-me, na tal “batalha” a que já fiz referência, a que esclarecesse o porquê de considerar a gestão do Projecto um “desvario”.

Creio bem que basta responder á questão que coloco acima para se entender o porquê da minha posição... mas há mais, há ainda a pior parte.

Tudo o que foi feito, assente no valor do património do Sporting foi ERRADO!!!

E porquê?

Porque o verdadeiro património do Clube, a sua grande riqueza, o que lhe permitirá obter receita, equilibrar-se financeiramente e crescer enquanto instituição será sempre a sua massa adepta, os Sportinguistas, ou nas palavras daquele que foi durante quase 6 anos Presidente do Sporting, esse “bando de vândalos e energúmenos”, com a marcada excepção dos “grupos” com que sempre se sentiu á vontade, nomeadamente aqueles que disseram ámen a toda a gestão implementada, ao que dela resultou, e que agora estarão provavelmente tranquilos porque já encheram os bolsos á conta, já roçaram o cotovelo com os doutores da Qta. da Marinha, já sentaram a peida na tribuna de honra de Alvalade e aproveitaram para fumar um bom habano, e como de todo o modo a sepultura já está cavada e até já tem nome, pouco se importam com o que deixam a quem fica.

Agora chegou a hora dos Sportinguistas, os tais “arruaceiros e desestabilizadores” a quem Dias da Cunha se referiu no comunicado com que se despediu da presidência do Clube, distinguindo-os dos “sócios do Sporting”, tomarem a decisão de entregar o Sporting á dúzia e meia que o quer como coutada particular, ou renová-lo a partir da força conjunta de todos os Leões que estiverem dispostos a contribuir para um Sporting estável, sustentado, respeitador dos seus valores históricos, numa “cúmplicidade” que alguns tentaram cortar, obtendo para tal efeito o apoio pontual de muitos que foram simplesmente enganados e estão, estou certo disso, bastante arrependidos das opções que tomaram.

Aos outros, aos que teimosamente preferem assobiar para o lado e dar mais uma cambalhota, nada lhes desejo, para nada me interessam. No que me diz respeito valem menos que uma bosta de vaca.

domingo, fevereiro 26, 2006

O meu “eu” vermelhusco

Sim, assumo, não nasci Leão.

Nos primeiros anos de vida, naquela fase em que a criança quer tudo mas pouco sabe, fui “violentado” pela familia mais próxima no sentido de abraçar a condição galinácea.

Felizmente, e como é óbvio, o meu gene do bom gosto, da verticalidade e da higiene levou a melhor e hoje posso afirmar sem sombra de dúvida que sou um homem inteiro!!!

Mas foi uma batalha dificil, que combati com as armas que estavam ao meu alcance... uma garganta forte e pronta a berrar ao primeiro sinal de ataque e uma atitude de tresloucado mental, que me fazia dar cabeçadas na parede (com uma inclinação especial para as esquinas, vá lá saber-se porquê) e pontapear todo e qualquer objecto que apanhasse naqueles dois metros mais próximos.

Mas o sub-consciente Leonino foi sempre mais forte, nem que para isso tivesse de me tornar adepto do Boavista (porque tinha um tipo que jogava de luvas pretas) e do Bayern, que por aquela altura dominava a Europa do futebol que me chegava pela TV a preto e branco.

É verdade e reconheço, conheci o sitio onde joga a equipa de vermelho muitos anos antes de entrar em Alvalade. Ainda não sabia ler nem contar mas já sabia os nomes dos jogadores do clube das papoilas. O disco da final dos 5-3 contra o clube comparsa do regime do país vizinho ecoava todo o santo dia pelo quarto, no relato de bom gosto do “nosso” Artur Agostinho.

Na memória ficaram algumas deslocações ao terreno do inimigo, como aquela noite da goleada ao Estoril, que terminou mais cedo porque explodiu um jipe fora do estádio e as galinhas, naquela sua atitude corajosa que sempre revelaram, puseram-se todas em fuga... e lá vim eu a pé até á Estefânia.

Ou uma outra noite em que os adversários eram uns tipos cabeludos (na verdade eram todos, que as equipas naquela altura pareciam bandas de Heavy Metal) provenientes de um país qualquer chamado Uruguai. Pode parecer curioso, mas esse jogo também não acabou, porque a dada altura aquilo derivou mais para o estilo luta-livre. E mais uma vez retenho a imagem de um jogador da equipa das penas, a fugir que nem uma perdida por aquele 3º anel acima (sinceramente nem me lembro se já existia 3º anel), com medo dos matulões sul americanos... sim o jogador era o tipo que apanhava da mulher, aquele tipo baixote e de bigode que anda por lá a limpar as sanitas.

O momento final, o decisivo, aquele em que definitivamente soube que poderia não vir a ser adepto de nenhum clube mas que não cederia ás pressões familiares, foi quando me obrigaram a representar a associação recreativa, neste caso no aviário a que chamam casa do benfica de Santarém.


E nem foi preciso muito, acho que nem um mês necessitei para me ver livre daquele castigo cruel que ainda hoje me persegue e que certamente deixou marcas psicológicas irreversíveis.

Enfim, é uma estória triste, e nesta noite de festejo não quero que se deitem com a caixa de kleenex’s ao lado e os olhos vermelhos de tanta lágrima.

Este post tem um objectivo, e esse é agradecer aos poucos amigos (diria mesmo conhecidos) benfiquistas a prestimosa ajuda que deram ao Sporting no seu caminho para o título!!!

Quanto á escória restante, ou seja aos outros 99,08% de adeptos do clube que se debate com o problema do H5N1, deixo apenas um conselho... aproveitem esta semana para tomarem o banho anual e já agora... felicitações ás caras metade, que pelos vistos não disfrutavam tanto sexualmente desde aquele longínquo 1963, quando o tremoço ainda era considerado uma iguaria culinária. Mas atenção, donas de casa vermelhas, aproveitem ao máximo todos os 12 segundos, que tenho a ligeira impressão que este ano não se voltam a repetir.

O Local

Não acredito na proposta de Filipe Soares Franco em relação á construção de um pavilhão que sirva os interesses do Clube. Aliás esse tema tem sido mencionado com profunda incoerência não só pelo candidato a Presidente, mas também por parte de alguns dos seus mais influentes apoiantes.

Nem percebo como pode ser inserido no discurso do actual presidente co-optado a construção de um pavilhão, quando o seu projecto aponta claramente para o encerramento de todas as modalidades desportivas, com excepção do futebol.

Sim, ele afirma que não as quer encerrar, mas que elas devem conseguir subsistir por si próprias, mas alguém me pode explicar como é que uma modalidade subsiste sem o trabalho dedicado e interessado dos dirigentes que gerem o Clube?

Filipe Soares Franco, que sabemos bem abomina o “amadorismo”, a quem apenas interessa o futebol, ou melhor, o “prestigio” e poder que o futebol lhe pode dar, vai dedicar-se de alma ao desenvolvimento de uma politica desportiva global para o Sporting??!!

Por tudo isto, devemos acreditar que existe a séria intenção de construir um pavilhão para a prática das amadoras? E mesmo que aquilo que descrevi fosse apenas uma teoria de conspiração de quem só gosta de “dizer mal”, estaria o Sporting em condições, depois de amortizar a imensa divida com os bancos e de investir no futebol (que é a prioridade) de se meter numa nova “aventura” imobiliária?

Como não acredito nessa hipotese, creio que a melhor solução para o Sporting seria utilizar uma instalação já existente, como aliás tem vindo a acontecer desde há alguns anos a esta parte.

No entanto a escolha do local deveria ser criteriosa, evitando ao máximo uma deslocação para áreas ou com fraca implementação Leonina ou simplesmente demasiado afastadas de Lisboa.


Pessoalmente gostaria de ver o Sporting e a Camara Municipal chegarem a um acordo para a utilização do pavilhão Carlos Lopes, que além de se enquadrar no cenário a que aludi, representa muito para a cidade e também para os Sportinguistas, ou não tivesse o nome de um dos nossos maiores Campeões e tivessem brilhado lá as nossas glórias do hóquei patinado.

Em conversa com um amigo arquitecto, ele dizia-me que a reformulação daquele espaço, que actualmente se encontra bastante degradado, implicaria um grande investimento (algo na ordem dos 12 a 15 milhões de euros) e que essa opção não faz neste momento sentido porque desportivamente a cidade possui recursos alternativos de qualidade.

No entanto falávamos de uma estratégia de aproveitamento global do espaço, no sentido mais polivalente, ficando preparado para uma grande quantidade de funções que iriam muito para lá da prática desportiva.

Além do mais diz-se que o terreno onde o pavilhão está edificado valerá uma pequena fortuna e que existem grupos de pressão (quem sabe algum liderado por actuais dirigentes... nunca se sabe) que prefeririam arrasar com o lugar e aproveitar as potencialidades do terreno.

Ora creio que no meio termo e a curto/médio prazo, o Sporting poderia fazer cair a balança para uma opção limitada de utilização desportiva, participando com a sua força e a promessa de utilização frequente daquele equipamento, de forma a que a Camara se interesse por recuperar e manter em condições minimas um espaço que continua na memória colectiva da cidade.

Cabe aos Sportinguistas...

... assumir grande parte da factura se optarem por uma politica desportiva total, ou seja, que o Clube mantenha e volte a ter as modalidades base em relação ás amadoras, nomeadamente manter o Andebol e ir buscar o Hóquei, o Basquete e o Vólei.

Como já referi no post anterior, deixo para depois uma comentário a outras duas modalidades que considero merecerem status profissional... o Atletismo e o Ciclismo.

Para as restantes a principal fonte de financiamento tem de ser a massa adepta, todos os Sportinguistas, sejam eles sócios ou apenas adeptos.

Os sócios através de um aumento na quota mensal, no valor de 2 euros para um minimo de 60 mil pagantes, o que representaria já uma verba bastante interessante.

Os adeptos pelo pagamento de um bilhete anual, assumamos no valor de 50 euros anuais, que lhes permitiriam entrada livre em todos os jogos das modalidades amadoras. Conseguissemos uma adesão minima de 5 mil Sportinguistas (ou porque não 25 euros num cenário de adesão de 10 mil Leões) e estariam encontradas as verbas (parte delas pelo menos) que nos possibilitaria manter a prática das referidas modalidades.
Depois teria de existir um trabalho forte de promoção da marca Sporting e da sua estratégia desportiva, fosse no sentido de obter apoios governamentais ou camarários, fosse para vender o produto a empresas “alvo”, básicamente ás PME’s, que poderiam promocionar-se nos eventos do Sporting para um publico mais reduzido que no futebol, mas ainda assim interessante em termos de publicidade, sem que tivessem de fazer um esforço financeiro tão grande.

Venham de lá...

... mais três pontinhos para a contabilidade. Coimbra já caíu mas a guerra continua!


PS. Alguém diga ao Nani para seguir o exemplo de Moutinho em vez do de Dani, ou então nunca sairá da cepa torta.

sábado, fevereiro 25, 2006

As Amadoras

O Sporting não pode “pensar” nas modalidades amadoras com a mentalidade competitiva do passado. É óbvio que o cenário mudou, com a evolução das condições para a prática desportiva, cada vez mais pequenos clubes, apostando especificamente apenas numa modalidade, tomaram conta do “jogo”.

O Sporting não pode, sobretudo nesta hora de dificuldades financeiras, pensar em ser competitivo e vencedor em todas elas, lutando de igual contra clubes com maior disponibilidade financeira. Esse pode ser o rumo de adversários directos do nosso Clube, sabe-se lá a que custos, não o nosso.

Existiria uma estratégia óbvia, que seria aplicar o conceito da parceira com qualquer empresa que se interessasse em publicitar o seu nome através de acordos com o Sporting, mas sinceramente não gosto desse caminho no que diz respeito ás modalidades amadoras... porque no caso das outras (claro, as profissionais, já lá iremos daqui a uns tempos) penso de uma outra forma.

Mas esse facto não implica acabar com as modalidades, sobretudo com as mais expressivas e com maior historial no Clube, como o Andebol ou o Hóquei. Tal como já o referi antes, num aparte a uma afirmação de Pires de Lima, ecletismo não tem nada que ver com profissionalismo.

Sempre achei que um dos pilares de crescimento do Sporting enquanto Clube á escala nacional foi o desenvolvimento e a atenção que deu no passado á formação de jovens atletas nestas modalidades, puxando-os para o universo Leonino numa fase onde as crianças ainda não estabeleceram laços suficientemente fortes com nenhum clube em particular, mesmo se em casa já exista determinada cultura clubistica.

O Sporting tem um espaço próprio para desenvolver um trabalho especifico com os que demonstrarem mais capacidade, e tem o “apoio” de várias dezenas de técnicos (Sportinguistas) espalhados pelo país em pequenos clubes, em escolas, noutro tipo de instituições, e que podem desempenhar um papel importante na “angariação” de jovens que enverguem a camisola do Clube nas competições oficiais.

O Sporting tem ainda a obrigação, dada a sua condição de Instituição de utilidade publica e implementação a nivel nacional, de possuir uma estratégia que passe pelo estabelecimento de protocolos com autarquias para o apoio directo ao desenvolvimento da prática desportiva, e também com as escolas, sobretudo as primárias, com o mesmo objectivo.

Para alcançar este fim o nosso Clube deve apoiar-se nos nucleos e casas do Sporting espalhadas por Portugal, lançando o desafio da participação neste plano aos Sportinguistas, tornando-se este um designio que pode congregar os Leões á volta do Clube, tornando-os não apenas clientes a quem “sacar” mais uns euros, mas verdadeiros “guerreiros” em luta pela causa que nos move a todos por igual.

Naturalmente que tudo isto implica um esforço financeiro importante por parte do Clube, numa altura em que os tecnocratas, olhando apenas para os balancetes e não conseguindo ver a importância deste tipo de estratégia no desenvolvimento do Clube, impedindo o alargamento da sua base de apoio, preferem simplesmente defender o fim da politica desportiva do Sporting.

E fazem-no porque, em vez de justificar os muitos milhares de euros de salário trabalhando para descubrir alternativas, optam pela via mais fácil de considerar o futuro desta área do Clube como inexplorável e portanto sem razão de existir, até porque não será por aqui que obterão a publicidade que tanto anseiam e que lhes dará vantagem na prosecução dos seus negócios pessoais.

Na continuação deste post avançarei para as medidas possíveis de cariz financeiro que suportem esta estratégia e para o local onde gostaria de ver as equipas das modalidades amadoras do Sporting representarem o Clube.

sexta-feira, fevereiro 24, 2006

Se mais provas fossem necessárias...

... a justificação de Filipe Soares Franco para o adiamento da AG é poderosa:
"Há dez anos que o Sporting não tinha uma Assembleia tão concorrida. O erro foi de estimativa e assumo-o."
O homem nem a logística de uma AG consegue gerir e quer ficar a presidir o Sporting??!! Oh homem tenha juízo.
Já agora, e depois da "chantagem" de Filipe, afirmando que se o seu "Projecto" fosse chumbado ele se demitiria no momento (mas olhe que não se afaste para muito longe que logo a seguir será chamado a responder pela gestão dos ultimos 10 anos), deixo uma outra afirmação curiosa:
"Derrotar a proposta do Conselho Directivo é um direito dos sportinguistas. Derrotem o projecto, dêem opiniões e mostrem alternativas."
Meu caro senhor, quem já decidiu que se demite se a sua proposta não passar não tem o direito de exigir alternativas. Aliás sou acérrimo defensor da sua expulsão imediata do Clube se em AG o seu projecto fôr derrotado.
Mas volto a frisar, não se afaste demasiado que o Sporting tem umas contas a acertar consigo e com a sua pandilha.

Vitalidade

Os Sportinguistas disseram presente e isso é fundamental. Agora que decidam em consciência (estou confiante, depois de ontem ainda mais) e defendam o verdadeiro Sporting que TODOS amamos.

Num aparte, e como parece que ainda existe quem tenha dúvidas em relação a propostas e posições de muitos Sportinguistas, tenciono fazer um bocadinho de "serviço publico" e apresentar por aqui (ou voltar a apresentar) algumas das minhas ideias base... só para que não se afirme que "é só criticar mas ideias nenhumas...".

quinta-feira, fevereiro 23, 2006

Tenhamos esperança

quarta-feira, fevereiro 22, 2006

Quebro o silêncio...

... a que me obriguei antes da AG, para realçar e ao mesmo tempo pedir desculpa por um erro em que tenho recorrido.

Não sei porquê, se por confusão de nomes, se por má leitura, há cerca de 3 anos pensei que tinha falecido o Arq. Tomás Aires, Sportinguista que sempre considerei, que foi o responsável máximo pela resolução dos problemas que afectavam o patrimonio imobiliário do Clube e a quem todos os Sportinguistas devem estar reconhecidos pelo labor e empenho que sempre colocou na defesa do Sporting.

Foi por isso com grata surpresa que li as suas declarações na edição online de A Bola de hoje, onde aliás comenta com bastante acerto o que se passou e passa em relação á venda do patrimonio e aos factores que a isso podem vir a obrigar.

Não gostei, sou sincero, dos adjectivos que usou para definir Filipe Soares Franco, mas gostei de ler que não o apoia, pelo menos inferi isso do NÃO rotundo á venda para resolução de problemas de tesouraria.

Mas isto já vai longo e já estou parcialmente a faltar á promessa. Básicamente, seja bem aparecido Arq. Tomás Aires... e se puder não se afaste muito porque o Sporting necessita de Leões como o senhor.

E agora silêncio...

... que vamos ter uma AG importante (de alguma forma até decisiva, pelo menos a curto/médio prazo) na vida do Clube.
Gostaria que tudo corresse dentro da normalidade, que a informação que faltou receber para se ir mais bem preparado tomar uma decisão deste tipo seja dada na própria AG e de forma clara e concisa, não escondendo nada.
E que na próxima 6ª feira Filipe Soares Franco e restante corpo directivo apresente a demissão e marque eleições para um prazo que permita a uma empresa independente fazer uma avaliação profunda da real situação financeira do Clube, para que então quem estiver interessado em avançar para a Presidência do Sporting o possa fazer com melhor conhecimento de causa, apresentando o programa eleitoral que melhor garantias lhe dê para a resolução dos problemas do Clube.

terça-feira, fevereiro 21, 2006

Estádio José Alvalade

O unico e insubstituível nome do Estádio do Sporting Clube de Portugal.

Na continuação do post anterior, deixo hoje a minha opinião em relação ao “pilar” do Projecto Roquette que resta aos que querem fazer a defesa de quase 11 anos de gestão “profissional” para que possam dizer algo de positivo da dita.

Fui sempre defensor da opção do estádio camarário, tendo em conta as dificuldades financeiras do Sporting (da generalidade dos clubes portugueses para ser preciso), que me levavam a pensar que sem antes equilibrar a gestão do Clube não se deveria partir para investimentos elevados... daí ter defendido também uma solução de Academia nos moldes da que foi escolhida pelo fc porto.


Nunca acreditei plenamente na justificação dos custos com a manutenção do antigo Alvalade, sabendo no entanto o estado de degradação a que as várias Direcções haviam deixado chegar aquela infraestrutura.

Só que quanto mais escutava essa “desculpa” mais pensava que um estádio de “nova geração” implicaria, pelo tipo de estruturas a ele associadas (écrans video, sistema de som, cobertura das bancadas, sistemas de iluminação ambiente, equipamento vário desde escadas rolantes e elevadores até aos “luxos” instalados nos camarotes) um custo de manutenção que não ficaria certamente abaixo (e muito provavelmente até acima) daquele que tinhamos no antigo estádio.

As condições para quem assiste ao jogo são bastante melhores? Pode ser que sim, embora de absolutamente positivo só consiga imaginar o facto de não se apanhar chuva e de o campo de visão ser melhor (ou diferente, dependendo dos gostos pessoais de quem vê a bola).

Naturalmente existem factores que se calhar relevo para 2º plano injustamente (questões de segurança, melhor atendimento nas áreas de restauração, os tais equipamentos modernos que mencionei anteriormente etc...) e que conjugados enriquecem e de que maneira toda a experiência do espectador que vai ao estádio.

No entanto é preciso notar que, perguntando a um Leão daqueles que tiveram a sorte e privilégio de ver jogar os “5 Violinos”, se trocariam a possibilidade de não terem assistido a espectáculos tão bons em troca por melhores condições no estádio, tenho quase a certeza que 95% deles diriam que nem que fosse em pé e na lama, prefeririam sempre os “5 Violinos”... pois pudera!!!

Apesar de tudo e posto perante o que foi apresentado, nomeadamente em relação á capacidade que o Clube teria de, com a nova estrutura, fazer receitas que permitiriam pagá-la em 12 anos (creio que era este o prazo inicial), poupando ao mesmo tempo as tais verbas gastas no “excesso” de manutenção do antigo Alvalade, acabei por aceitar a opção do estádio próprio.

Ainda não estava plenamente convencido e já torcia o nariz ao facto da empresa que havia tratado do processo até então, a holandesa Ballast se não me falha a memória, ter sido afastada do processo sem se saber bem porquê, levando é claro a correspondente indemnização, cerca de 1.5 milhões de euros continuando a confiar na memória.

Mal refeito da surpresa sou confrontado com outra “novidade”... vamos ter um fosso, qual castelo medieval, entre o publico e o relvado. Um fosso??!! Iriamos trocar uma pista de atletismo (que deveria ter sido construida no campo principal da Academia, já que falo do assunto) por um buraco??!! Dizem que seria para tornar a nova infraestrutura polivalente, já que assim estaria em condições de receber concertos, o que já se sabe é uma fonte de receita cada vez mais valorizada!!! Alvalade tem quase 3 anos, a quantos concertos já foram?

A seguir nova machadada na minha já debilitada confiança. Afinal o projecto inicial para 42 mil espectadores (número que em 10 anos de presença em Alvalade terei visto sido alcançado meia dúzia de vezes), foi modificado para os actuais 52 mil (50 mil dizem, por causa da estória dos écrans video, outro problema herdado da mudança de projecto), abandonando o Clube a construção do pavilhão para as modalidades amadoras (porque ecletismo não é o mesmo que profissionalismo Sr. Pires de Lima) e aumentando o investimento em mais cerca de 20 a 25 milhões de euros... pelo menos.

Escusado será dizer que por esta altura já eu estava práticamente convencido que a estratégia estava errada, mantendo apenas uma ténue esperança de que o planeamento estivesse certo e as receitas a obter fossem mesmo suficientes para pagar a “megalomania”.

10 milhões de euros anuais, disseram “eles”... era quanto iriamos arrecadar na exploração do conjunto Estádio/Alvaláxia. Eu confiei, com reservas!


Actualmente posso afirmar sem problema nenhum que se soubesse o que sei hoje e pudesse ter decidido sózinho o rumo a tomar (depois do que acabei de escrever podem mesmo ver que nem necessitaria de esperar 10 anos para tomar a decisão), o Sporting teria, quanto muito, um estádio para 40 mil pessoas, sem écrans, sem fosso, sem uma apendicite chamada Alvaláxia (poderia ter uma estrutura do género, mas nunca pegada ao próprio estádio), mas com um pavilhão preparado para receber espectadores e destinado ás nossas modalidades amadoras (a todas) de formação, com um custo muito inferior.

E já que estou no tema Estádio, assumo também que o teria imaginado maximizando o espaço de tal forma que fosse possivel que nele funcionassem os serviços administrativos do Sporting, nomeadamente um espaço próprio que seria a Sede do Clube, talvez sem o luxo das antigas Sedes, certamente sem a imponência do actual edificio Visconde, mas ainda assim respeitando a importância e a tradição de um Sporting em dificuldades financeiras mas que, mesmo a um nível inferior, respeita a sua Historia.

E sobretudo sem as “amarras” financeiras que, ao contrário daquilo que foi prometido e tido como a estratégia correcta para o futuro do Sporting, é hoje motivo de preocupação e de mostra de incompetência pura, aliada a uma falta de vergonha e assunção das responsabilidades por quem fez a gestão de todo este processo.

O que mais desejo é que os Sportinguistas presentes na próxima AG recordem tudo aquilo que se passou nestes ultimos 10 anos, e se recusem a passar nova “carta branca” aos mesmos senhores que levaram o Clube até á beira do precipicio.

segunda-feira, fevereiro 20, 2006

Academia Sporting

É um assunto que há muito ando para comentar, mas que por uma ou outra razão tem sido deixado para trás.

Agora, que os Sportinguistas apoiantes de quase 11 anos de Projecto lançam mão deste argumento para suportar anos de “loucura colectiva”, comento finalmente o assunto, que mais não seja para não deixar instalar uma ideia que não corresponde á verdade, embora o tema merecesse uma outra perspectiva... mas não ando com a mentalidade certa para esse efeito.

Que fique claro que apoio a 100% uma politica EFECTIVA de aproveitamento da qualidade da nossa formação, traduzida num plantel profissional constituido na sua maioria por jogadores oriundos das camadas jovens.

Só que não tem sido essa a realidade do Sporting nos ultimos anos (não o foi nunca, é uma realidade, mas também nunca foi um factor chave tão publicitado como começou a ser a partir de certa altura) , por mais que se mencionem os casos óbvios de Viana, Quaresma, Ronaldo, Moutinho ou mesmo Nani.


A Formação do Sporting foi de extrema qualidade desde sempre. São inumeros os casos de excelentes, bons ou razoáveis jogadores que saíram das nossas escolas e fizeram carreira no futebol nacional, e não o reconhecer para falar “apenas” das pérolas que despontaram de forma até agora indirecta da Academia, torna-se um exercicio injusto para as equipas de técnicos, alguns velhas glórias do Clube, que sempre emprestaram a sua capacidade ao Sporting com abnegação e entregas inexcediveis.


Pessoalmente acho que quase sempre (não só nos últimos anos) desaproveitámos essa riqueza, não sabendo como integrar os jovens jogadores em planteis que estiveram sempre mal estruturados e sem capacidade de potenciar as qualidades da “miudagem”.

Claro está que a transformação que o futebol sofreu, sobretudo a partir do Acordo Bosman, levou a uma maior abertura dos mercados e naturalmente ao incremento da possibilidade de “fazer negócio” com jogadores cada vez mais jovens e com menos experiência profissional, por montantes que há 20 anos seriam impensáveis.


Que fique claro, a aposta na Academia foi um passo fundamental e diria mesmo inadiável, com estes ou quaisquer outros dirigentes, tendo em vista a melhoria das condições de trabalho das equipas de futebol do Sporting, mas não queiramos desvirtuar a realidade, e essa é que fomos Campeões sem as condições proporcionadas pela Academia, tal como a ultima equipa a quem deram o campeonato também o conseguiu treinando com a “casa ás costas”.

Além do mais é necessário não esquecer o falhanço completo que foi a aposta (não sustentada) no desenvolvimento da equipa B, opção que andou sempre num limbo que nunca se percebeu, para mais gerida por um técnico reconhecidamente incapaz, factor a que se juntou a costela benfiquista de alguém que chegou a ser membro de uma das claques do nosso rival vermelho.

E não podemos também escamotear alguns factos, que sustentam a ideia de que no passado se apostava mais na “prata da casa”... mesmo que essa não fosse uma opção assumida e sobretudo massivamente publicitada.

Não o fiz de forma exaustiva, o processo foi simples. Considerei os jogadores provenientes das escolas do Clube com 10 ou mais jogos na equipa principal, partindo da época actual e recuando em períodos de 4 anos até á época de 1986... há 20 anos atrás.

Creio que os resultados não deixam de ser sintomáticos. O número de jogadores formados em Alvalade em acção na equipa principal são:

2006 – Miguel Garcia, Custódio (apesar do percurso “desviante”), Moutinho, Nani e Carlos Martins.

2002 – Hugo Viana, Quaresma, Beto

1998 – Simão e Beto

1994 – Porfirio, Marinho, Poejo, Cadete, Peixe, Figo e Paulo Torres

1990 – Paulo Torres, Lima, Marinho, Carlos Xavier, Cadete e Venâncio

1986 – Litos, Carlos Xavier, Venâncio, Mário Jorge, Fernando Mendes, Morato e Vitor Damas

Em resumo... sim, as condições de trabalho (e formação) eram muito piores, mas apesar de tudo a aposta na “prata da casa” era maior.


Deixo o testemunho, que é meu e sujeito a critica, claro está, mas creio que não anda muito longe da realidade e sobretudo não está nada em linha com o pensamento dos que defendem a gestão dos actuais dirigentes do Clube nesta vertente do aproveitamento da formação, ponto que era um dos pilares do Projecto Roquette desde o inicio.

Em preparação...

... da AG da próxima 5ª feira, e chegando á conclusão que os ultimos defensores do Projecto Roquette (ou os primeiros do Projecto Franco), se “agarram” com unhas e dentes á defesa dos dois unicos pilares de gestão (Academia e Estádio) que restam para tentar dar uma imagem positiva dos ultimos 10 anos, vou deixar um pequeno comentário em relação a estas estruturas, começando já hoje (espero) com a Academia.

domingo, fevereiro 19, 2006

Testemunhos de um merdas

O merdas é este, os testemunhos estão abaixo.
"O Sporting terminou a primeira parte em vantagem através de um lance que só o assistente viu"
"Se este é o nosso futebol, desculpem mas eu estou a mais"
"A realidade é que fomos enganados por um erro de arbitragem que nos prejudicou"
E como se a idiotice não fosse suficiente, ainda se chegou á frente com uma análise plena de coerência e "visão" :
"A minha equipa só sofreu mais dois golos por um motivo: estava a perder por um a zero e tive de alterar a filosofia de jogo"
"Ainda não vi ninguém a chegar a Alvalade e fazer o jogo que a minha equipa fez"
Meu caro merdas, esta época 90% das equipas que visitaram Alvalade fizeram quase exactamente o mesmo jogo que a sua e utilizaram também a mesma filosofia... esta:

sábado, fevereiro 18, 2006

Mais uma batalha

Não terá sido famoso, mas jogámos o suficiente para arrecadar novamente os 3 pontos, que nesta fase é o que mais importa.

Vê-se que o grupo tem mais disponibilidade, mental e fisica, além de estar bastante mais motivado, o que em si é um factor muito importante.

E é assim, sobretudo quando escasseiam os recursos para incorporar mais qualidade, que poderemos fazer a diferença... lutando em todos os jogos até ao limite das nossas forças.

Passou mais uma batalha, mas a guerra continua!!!

Meter água

Bate leve, levemente, como quem chama por mim
Será chuva, será gente? Gente não é certamente e a chuva não bate assim

Fui abrir... era o Afonso!!!


INCHEM !!!!!

sexta-feira, fevereiro 17, 2006

É de uma resposta destas...

... que Filipe Soares Franco e o seu "grupo" de amigos necessitam levar no próximo dia 23, quando vierem pedir aos Sportinguistas que vendam aquilo que é seu.
ATENÇÃO - Utilização extrema do mais puro vernáculo português. É aconselhável uma certa discrição na audição!

Um bom arranque...

... para este dia será certamente a leitura deste Leão.
Não o conheço, nunca discuti com ele o Sporting, acredito que tenhamos as nossas divergências em relação a vários pontos daquilo que deve ser o Clube.
Mas depois de dois dias de afirmações idiotas, nada como ver que na "ralé" existe gente com muito valor.
Este é que é o verdadeiro Sporting!

quinta-feira, fevereiro 16, 2006

Lanço o desafio...

... aos que em Outubro de 2003 aprovaram por unanimidade o relatório de contas da SAD para o exercício terminado em 31 de Julho desse ano, que de hoje a uma semana subam ao palco da FIL e assumam as suas responsabilidades.

Junto com os que unanimemente votaram esse relatório, podem também apresentar-se todos os que, de sorriso altaneiro e arrogância prepotente, criticaram os Leões que avisaram para a série de erros que se estavam a cometer.
Para os que se quiserem fazer de esquecidos, eu relembro... aprovaram um resultado negativo de 27,31 milhões de €.

O Projecto morreu

Operações financeiras

Só o termo dá-me arrepios.
Sempre que ouço ou leio Dias da Cunha mencionar essa opção como a solução que estaria prevista no Project Finance para a resolução dos problemas do Clube, que passaria, se bem entendi, por "vender" as estruturas do Sporting, colocando-as num fundo, mantendo-se o Sporting como o seu gestor e salvaguardando uma posição de compra a longo prazo, recordo-me imediatamente dos celebres acordos das vendas de Simão ou Quaresma, em que o Clube se "protegia" com a cláusula de opção de compra em caso de venda futura dos jogadores, sabendo bem que nunca a poderia accionar.
Oh meus amigos, mas como podemos nós levar a sério este tipo de opção, que requer gestores capazes e competentes, se o que lá temos são aventureiros, playboys e "meninos" que até para apertar os atacadores precisam de ajuda?

Alguém que tente explicar...

... como é possivel que as mais altas esferas que comandaram o Sporting nestes quase 11 anos lavem a roupa suja desta forma na Imprensa.
Que um iluminado, daqueles para quem os nossos dirigentes eram a 8ª maravilha do mundo, que entendiam, mesmo perante evidências cada vez mais fortes que a situação era grave, que estavamos no rumo certo, que esses Sportinguistas avancem, tal como o fizeram em 2000, 2002 ou 2003, e me expliquem o que se passou entre Outubro de 2005 e a actualidade.
Que expressem a sua opinião relativamente á cisão COMPLETA que existe entre aquelas que há 4 meses eram as duas mais importantes figuras do Clube.
Que comentem este facto extraordinário de vermos um ex presidente do Sporting, que manteve o cargo salvo erro durante 13 anos, apoiar Filipe Soares Franco e as suas pretensões, ao passo que "destroi" a imagem de outro ex presidente, que por sua vez apoia o mesmo Filipe Soares Franco, homem que por outro lado é violentamente atacado por Dias da Cunha, curiosamente mais um ex presidente recente, que foi o aclamado sucessor de José Roquette por indicação expressa deste ultimo, e que teve sempre o apoio do primeiro ex presidente com que iniciei este parágrafo.
Ainda há quem diga que o Sporting não é diferente...!!!

Tem de ser referência

Já nasceu há algum tempo mas o sacana do Zé não me tinha dito nada (ou eu ando distraido).

quarta-feira, fevereiro 15, 2006

João Rocha...

... continua o mesmo de sempre. Julga que o Sporting é dele e que só cresceu enquanto Clube ganhador na sua gestão.

Na sua entrevista de hoje ao Record, dispara uma serie de mentiras acerca dos beneficios dessa gestão, mas o objectivo nitido era a vingança sobre um ex amigo, que ainda há uma dezena de anos era Cristo na Terra.

A leitura dos seu ataques foi uma completa perda de tempo, devo confessar. Surpreendeu-me o apoio óbvio a Filipe Soares Franco, absolvendo-o desde já da gestão ruinosa dos ultimos 10 anos, o que terá sido o unico ponto coerente da sua entrevista.

Quem saíu do Clube deixando-o de rastos, com o piquete de água e eletricidade a entrar pela outra porta para cortar o abastecimento, mas defende com a falta de vergonha dos aldrabões as qualidades da sua gestão, estará concerteza convencido que o actual "presidente cooptado mas só por uns meses que afinal são mais do que eram para ser" não terá responsabilidade nenhuma num Projecto onde foi figura chave desde o inicio, excepção feita ao breve período em que esteve entretido com os amigos lampios da Qta. da Marinha a "brincar" com o Estoril. Teria sido já em preparação para este desafio no Sporting??!!

Se o foi, posso dizê-lo com toda a franqueza... Oh Sr. Dr. Filipe Soares Franco, vá brincar com o caralho, olhe, e leve consigo a merda do velho!!!

Contradições

As entrevistas de Dias da Cunha e João Rocha, figuras proeminentes do Sporting, quanto mais não fosse por terem sido ambos Presidentes do Clube, e por longos períodos, são reveladoras de uma situação que extravasa em muito a "simples" questão financeira do Sporting.
Reservando um comentário para mais tarde, após a leitura atenta das versões em papel (depois de anos vou gastar dinheiro nos desportivos), não posso deixar de adiantar algo que está subjacente a ambas as intervenções... No Sporting existe, como sempre defendi, uma guerra de interesses, incluindo politicos (algumas das palavras de João Rocha indicam-no claramente) que nada interessam ao Clube.
E para que tudo isto pareça uma novela venezuelana até as traições e os planos maquiavélicos estão presentes.
Será ou não a próxima AG reveladora, ou estes e outros protagonistas vão continuar a manter-se inactivos e a deixarem destruir o Sporting? É que pelo menos estes dois contribuiram, de forma diferente, com o seu quinhão de responsabilidade.

terça-feira, fevereiro 14, 2006

É carote mas é bom

A renovação de Liedson é algo que deveria ter acontecido há muitos meses, mais concretamente no final da época passada. Esse é que teria sido um bom acto de gestão.
Arrumada a questão, devo dizer que o valor do novo contrato, mesmo relativamente alto, é necessário já que falamos do melhor jogador (juntamente com Moutinho) do plantel, além do marcador de serviço.
Agora espera-se que a disciplina seja absoluta, mas também que os pagamentos ao jogador sejam feitos a tempo e horas, para que não voltemos a ter de "abrir as pernas" ao adversário do outro lado da 2ª circular.
Pode ser que, se os Sportinguistas se esforçarem nesse sentido, o actual presidente cooptado explique o que se passou entre o Sporting, o Liedson, o Veloz, o Veiga e o Vieira.

domingo, fevereiro 12, 2006

São mais 3

Por agora é isso que interessa. Não deixar fugir os adversários e manter a chama. Daqui a algum tempo veremos o que ganhamos com estes resultados.

PS. Sim, foi um fora de jogo mal tirado a um avançado setubalense, porque na dúvida há que deixar jogar, mas falar de um golo anulado já é exagerar.

PPS. Em que sistema solar onde se jogue á bola se marca uma grande penalidade como a que foi marcada hoje contra o Sporting?

sábado, fevereiro 11, 2006

Notável

"São muitos os sportinguistas notáveis que têm manifestado apoio à candidatura de Filipe Soares Franco. Ontem foi a vez de Miguel Salema Garção indicar Soares Franco como a melhor solução para o futuro dos leões."
No jornal O Jogo de hoje
Notável, do latim Notabile:
digno de ser notado;
que merece apreço, atenção;
digno de reparo;
considerável;
importante;
extraordinário;
sensível; *
apreciável;
louvável;
insigne;
ilustre pela posição social; *
Não conheço o rapaz, lembro-me remotamente da sua acção num grupo organizado "civilizado" que apareceu algures nos anos 90, chamado Sporting 2000, ou algo do género. Não sei para que serviu, provavelmente "comprou-lhe" a entrada nos meandros do dirigismo Sportinguista.
Em todo o caso, e apesar do desconhecimento quase total da figura, pergunto-me de que forma o adjectivo notável se lhe pode aplicar?
* As definições assinaladas são as unicas que me parecem poder adequar-se a Salema Garção, seja porque efectivamente detém alguma posição social, seja porque poderá ou não ter uma inclinação sexual que se coadune com a sensibilidade.

O destaque merecido

"O presidente da Mesa da Assembleia Geral já não tem condições para conduzir as eleições do Sporting, depois de, a título pessoal, ter declarado o seu apoio a uma candidatura."
Sérgio Abrantes Mendes a O Jogo de hoje
Naturalmente... o estranho é essa questão não ser mais discutida entre os Sportinguistas. É a marca que mais de 10 anos de Oligarquia deixou no Clube.

quinta-feira, fevereiro 09, 2006

Exmo. Sr. Dr. Filipe Soares Franco

Lanço-lhe deste blog com tão pouca importância o seguinte desafio!
No próximo dia 23, que tudo indica será a data escolhida para a AG do Sporting onde o Sr. apresentará o seu "Projecto" aos sócios Leoninos, antes dos pontos em Agenda o Sr. toma a palavra e, olhos nos olhos, com plena honestidade e frontalidade, explica detalhadamente as motivações que o levaram a isto:
SAD do Sporting comunica que na sequência do pedido de
renúncia, divulgado em 11 de Julho de 2005, pelo Administrador Dr. Filipe Soares Franco, foi nomeado, por cooptação, para Administrador da Sociedade, o Dr. Rui Manuel Serzedelo Barbosa Bacelar Meireles.

Lisboa, 31 de Agosto de 2005
E na continuação da explicação, a isto:
SAD do Sporting comunica que na sequência do pedido de
renúncia, divulgado em 19 de Outubro de 2005, pelo Administrador Dr. Paulo Jorge Baptista de Andrade, foi nomeado, por cooptação, para Administrador da Sociedade, o Dr. Dr. Filipe Soares Franco.

Lisboa, 19 de Outubro de 2005
Eu ficaria agradecido, porque me parece um tipo de comportamento não muito consentâneo com alguém que quer ser Presidente do Sporting Clube de Portugal.
Obrigado e tenha uma muito boa noite!

Apenas mais um...

... exemplo da excelência de gestão implementada no Sporting.
Hoje, dia 9 de Fevereiro de 2006, na página principal do Clube dedicada ao Centenário, o quadro das efemérides, iniciado a 1 de Julho do ano passado e actualizado diáriamente, encontra-se assim:
É uma grande verdade... os nossos dirigentes são a fina flôr da gestão nacional. Eu nem para a Associação de Condóminos do meu prédio os quereria.

Uma questão de braços

Aqui o JC (reconheço uma pontinha de provocação nesta foto, era para ser o tio M. mas não encontrei nada de jeito e estava com falta de tempo) teria tido destinos diferentes, se agora de repente voltasse á terra como jogador da bola.

Se viesse para jogar de riscas verdes e brancas teria de fazer algo em relação a esta tendência que parece ter de andar sempre com os "bracelios" abertos.

Se fosse para a equipa da luz já estaria mais descansado, que com aquela camisola vermelhuscamente "boiola" até encontraria fieis discipulos.

quarta-feira, fevereiro 08, 2006

As finanças da SAD

Já o tinha referido antes, este é um exercicio complicado, assente em premissas que podem não estar correctas, quer pela minha falta de preparação para o tema, quer pela veracidade da informação disponibilizada aos Sportinguistas, quer ainda pelas vicissitudes que acompanham a gestão do fenomeno futebolistico.

Mas passemos ao que interessa... as contas da área profissional de futebol do Sporting.

Desconheço em absoluto que peso arrastamos relativamente ás amortizações dos exercicios anteriores da SAD. Há quem mencione os 30 milhões de euros, não sei se o numero está correcto, mas para a finalidade deste post também não interessa assim tanto.

Retirando da “equação” o peso especifico desses encargos e tomando como verdadeiras as contas que são apresentadas desde o inicio de 2000, parece-me que o Sporting, no desenvolvimento da área profissional de futebol, terá todas as condições para apresentar resultados equilibrados, desde que reunidos alguns factores, não muito dificeis de alcançar... mas que requerem algum esforço, coerencia e sobretudo uma aposta renovada e forte nos Sportinguistas, colocando-os no centro da actividade do Clube.

Receitas

Para tal o Clube necessita fazer algo como 30 milhões de euros de receitas anuais, não incluindo valores de transferências de jogadores e assumindo “apenas” uma participação normal nas provas da UEFA (normal não quer dizer ser eliminados por carpinteiros suecos).

Neste cenário existem 3 áreas que só por si gerariam receitas “extra” superiores aos 4 milhões de euros anuais, tendo por base uma maior aproximação dos Sportinguistas ao Clube, o que implica naturalmente as tais “contrapartidas” em relação ao comportamento dos dirigentes para com os Sportinguistas:

- Um aumento de 25% nas receitas de bilheteira, quanto a mim um objectivo possivel com um plano correcto de programação dos jogos em Alvalade (sobretudo em termos de horário) e uma re-avaliação da tabela de preços.

- Um aumento de 20% na venda de lugares de época, traduzindo-se em cerca de mais 6 mil lugares do que actualmente. Creio que é um objectivo também possivel, desde que seja dado um outro enfase á qualidade do plantel, em detrimento das “negociatas” que só interessam a alguns... e nem sequer é necessário aumentar os custos com o pessoal, antes pelo contrário.

- Um aumento de 50% dos sócios pagantes, passando dos actuais 30.000 (numeros do próprio Sporting) para pelo menos 60.000, numero bem mais consentâneo com a grandeza do Clube.

Custos

O Sporting terá de reduzir (sim, é verdade) os seus custos em cerca de 2.5 milhões de euros/ano, básicamente na verba relativa a pagamentos a pessoal, embora esteja convencido que parte desse valor possa ser cortado noutras despesas, mas sempre num montante sem grande expressão.

A questão que se coloca é se será possivel manter (ou chegar a) uma equipa competitiva com este tipo de orçamento (não chegando aos 18 milhões de euros anuais). Eu acho que sim, estou mesmo convencido que será de todos, o objectivo mais fácil de atingir, desde que... á frente dos destinos da SAD esteja gente conhecedora do meio e qualificada. E que o tecto salarial em vigor seja anulado, mantendo (reduzindo até neste caso) o orçamento mas distribuindo-o de outra forma.

Neste caso especifico deixo uma ideia muito geral do que preconizo:

Um Director Profissional para a área (o unico com direito a remuneração), apoiado por dirigentes “amadores”, isto é, por Sportinguistas dispostos a trabalhar pelo Sporting pelo simples prazer e suprema honra de servir o Clube.

Sete técnicos (entre os quais o principal) com responsabilidades globais na organização de todo o edificio futebolistico, desde os Infantis aos Seniores.

Vinte e dois elementos de apoio directo á área, distribuidos pelos vários departamentos que compõem actualmente o elenco de um grupo destas caracteristicas (Médico, Comunicação, Legal, Administrativo etc...).

Diria que com estes 30 profissionais o Sporting gastaria pouco mais de 2.5 milhões/ano.

Em termos de profissionais (os jogadores), um grupo de cerca de 30 elementos, entre jogadores emprestados, Juniores e alguns Juvenis que pelo seu potencial obriguem á elaboração de um contrato profissional.

Seriam mais cerca de 2.5 milhões/ano.

Finalmente o plantel senior, composto por não mais de 19 profissionais, divididos em 4 grandes grupos em termos salariais, dependendo claro está da correcta avaliação em termos qualitativos:

- O Grupo A, com um tecto salarial de 100 mil euros (5 jogadores)
- O Grupo B, com um tecto salarial de 50 mil euros (5 jogadores)
- O Grupo C, com um tecto salarial de 25 mil euros (5 jogadores)
- O Grupo D, com um tecto salarial de 15 mil euros (4 jogadores)

Orçamento total para o plantel profissional de cerca de 13 milhões de euros/ano, não incluindo prémios.

Na questão dos prémios assumo que sou contra um politica baseada na compensação de acordo com o rendimento obtido, embora defenda que atingindo certos objectivos que nos proporcionem um aumento dos lucros, estes devam ser repartidos por aqueles que, embora pagos para renderem sempre a 100%, mais contribuirem para os resultados.

Volto ao ponto de partida deste post... a questão do peso das amortizações. Esse é talvez o principal problema que necessitamos resolver e para tal concordo, á falta de melhor informação (parece que as sessões de esclarecimento estão reservadas só aos que fazem barulho ou prometem pancada), não me choca que se capitalize na venda das estruturas imobiliárias que, de forma segura, não seja possivel fazer render a muito curto prazo.

Resta no entanto a questão... sem os rendimentos que era suposto essas estruturas providenciarem ao Clube, e se confiarmos que o equilibrio financeiro na SAD para o futebol é possivel (e provavel), como se paga a Academia e o Estádio?
Por outras palavras... qual o verdadeiro estado, não apenas das finanças da SAD, mas sobretudo das do Sporting Clube de Portugal?

O meu Sporting não pertence aos bancos

"Eu estou aqui a falar como José Maria Ricciardi, sócio do Sporting, não como banqueiro. Mas não tenho qualquer dúvida de que tanto o BCP como o BES reconhecem altas qualidades de gestão ao dr. Filipe Soares Franco, embora quem escolha o presidente do Sporting não sejam obviamente os bancos, mas sim os sócios do clube"
In O Jogo de 8/2/06
Um parágrafo, 4 linhas onde, tal como a pescadinha de rabo na boca, também este Sportinguista dá uma cambalhota com mortal atrás.
Numa coisa ele tem razão, quem escolhe o Presidente do Sporting são os sócios, e estes terão o Clube que quiserem... mesmo que se chame Clube Sporting de Portugal e as camisolas sejam listadas de preto e verde!
PS. Interessante como um dos gestores Top do país considera ter FSF "altas qualidades de gestão", sem explicar como é possivel então ao fim de 10 anos (ou 8, 6 ou 4) o chamado Projecto, que não era senão um Plano de Gestão a ser implementado, ter falhado miseravelmente ás mãos dos tais gestores de qualidade.

terça-feira, fevereiro 07, 2006

Continuo a afirmá-lo

As novas propostas (com a viragem do rumo a 180º) de Filipe Soares Franco poderiam ser inatacáveis, que eu continuo a defender a mesma ideia:
Os dirigentes que conduziram o Sporting, de forma danosa e quem sabe em beneficio financeiro próprio, não podem continuar ao comando do Clube. E devem ser penalizados quer pela Justiça comum, quer pela Justiça interna do Sporting.
Esse é o ponto de partida para a discussão daquilo que se deve fazer no Clube.
Nos próximos dias, mesmo sem me ter reunido com o Presidente Interino em funções no Sporting, e sujeito a postar informação algo desajustada da realidade (não creio que por muito), tenciono deixar um testemunho relativamente ao rumo financeiro da SAD para o futebol.

segunda-feira, fevereiro 06, 2006

Desculpem lá, mas...

... depois do teor das declarações do então Presidente Dias da Cunha, proferidas em Outubro de 2004, que em seguida transcrevo, quem se admira pelo facto de os potenciais candidatos á Presidência do Clube quererem as contas devidamente auditadas antes de avançarem?
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420 milhões de euros – é o total do passivo do Grupo Sporting, este número foi ontem anunciado na Assembleia Geral do clube leonino por Rui Meireles, director financeiro dos leões.
Dias da Cunha, presidente do Sporting desdramatizou, no entanto, a situação financeira, “não é preocupante”, e garantiu mesmo que o Sporting “tem contas controladas. Posso dizer, inclusivamente, que a situação líquida é altamente positiva”.
Em jeito de conclusão, acrescentou: “Ninguém apresenta em Portugal este tipo de transparência. Quando sair em 2006, a situação ‘garantirá’ o passivo.”

domingo, fevereiro 05, 2006

Uma questão de gosto

Na senda da depenagem do passado fim de semana, uma frase foi recorrente por parte dos benfiquistas durante os ultimos dias:

"Tás todo contente mas ainda me andas a ver o cú".

Ora eu devo defender a minha honra, porque ninguém o fará por mim. Ao contrário da maioria esmagadora dos benfiquistas, que pelos vistos gostam de cú peludo e, tendo em conta a falta de higiene que grassa por aquela tribo, também cagado, as minhas preferências vão na direcção oposta.

Por esse motivo assumo que tenha andado de olhos bem fechados, evitando assim o panorama que provoca o êxtase á nação da galinhola depenada e do fato de "treno" Sailev.

Felizmente a equipa de futebol profissional do Sporting cumpriu a sua obrigação, ao passo que o benfica mostrou também de que "massa" é feito o campeô, razão pela qual posso então olhar o mundo de forma mais limpa, e sobretudo muito mais atraente e em consonância com o gosto tipico de um Leão.

Sendo assim desde ontem á noite é esta a visão que tenho da Superliga, que já não é Galp, mas é muita boa!!!

Lá levaste a moedinha

Enquanto acerto os pormenores de funcionamento aqui da "caserna", aproveito para deixar uns recadinhos com destinatários concretos.

Para o senhor da imagem, que ao contrário do que muitos podem pensar não é um daqueles desgraçadinhos "agarrados" que andam a arrumar carros, dou um conselho:

Meu caro amigo, em vez de dizer parvoices ou roubar indiscriminadamente o pobre povo madeirense, veja lá se pede ajuda á "bichanada" e altera um pouco a imagem, que essa que apresenta disfarça muito mal o verdadeiro meio profissional onde se movimenta... e ajudará também se largar a peuguita branca com o fatinho da Maconde.

sábado, fevereiro 04, 2006

Um novo Sporting

Um Sporting renascido, é o que pretendo.
Para tal estou disposto a discutir tudo, desde valores a atitudes, mas sempre com a mesma ideia em mente. Custe o que custar, sofra quem sofrer, seja de que maneira fôr, o Sporting triunfará sobre todos os outros.
Que não reste a minima dúvida, quem não é por este Sporting é seu inimigo, e a esses está reservado um castigo terrivel.