quinta-feira, abril 27, 2006

Dia histórico

Estou a pouco menos de 24 horas de saber se o Clube que amo continuará a existir, no respeito pela sua História e honrando a tradição e os valores de sempre, ou simplesmente deixará de existir, substituido por uma outra coisa qualquer com a qual não só não tenho ligação emocional como odeio profundamente.

A decisão será tomada por gente que não conheço, provavelmente muito diferente de mim em termos de carácter, motivações, cultura e educação, mas que sempre encarei como “irmãos”, todos unidos numa missão... tornar o Sporting Clube de Portugal cada vez melhor e maior.

Não vou, ao contrário do que terei dado a entender ao longo destes meses, criticar quem optar pela via da continuidade directiva, colocando no comando do Clube alguém como Filipe Soares Franco, um homem desprezível, aldrabão, mentiroso e vigarista.

As opções que cada um de nós toma na vida são livres e por elas temos de responder.

Aqueles que optaram há 11 anos por colocar no poder a “casta” de dirigentes que se perpetuou nos orgãos do Clube, que apoiaram as politicas postas em prática, mesmo perante as evidências de eminente descalabro e os avisos dos poucos que se faziam ouvir, algum dia serão chamados a assumir as suas responsabilidades.

São muito provavelmente os mesmos que apoiam a candidatura do Palhaço Cambalhotas, que enxovalham os nomes das glórias do Sporting, daqueles que fizeram a História do Clube, preferindo aplaudir os Francos, Freitas e Bentos desta vida, gente que não é Sportinguista e acabou de chegar ao Clube.

Mas estão no seu direito de escolher quem acham que melhor representa os ideais que defendem, sejam eles quais forem.

Para eles e no caso de uma vitória amanhã, quero que saibam que não é o Clube que vence, mas o grupo de mafiosos que lá se instalou, suportado pelos interesses de corporações a quem pouco importa o futuro do Sporting.

Amanhã posso ficar orfão de Clube, pode acabar uma relação íntima de 24 anos iniciada tinha eu 12 e construída diáriamente contra todas as probabilidades, mas sei que me mantenho de cabeça erguida, tendo feito o que me era possível para realizar um sonho chamado Sporting Clube de Portugal.