sábado, abril 22, 2006

Paz se possível... mas a Verdade a todo o custo

Não gosto de ser enganado. Não gosto e pronto.

Se calhar por causa disso tendo a ser demasiado desconfiado quando posto perante determinadas situações.

Esforço-me por analisar bem a informação que me chega, procurando ler nas “entrelinhas” e estabelecendo a partir daí uma base que me permita assumir as minhas posições e convicções.

E a informação, mais ou menos credível, podemos encontrá-la um pouco por todo o lado, seja através dos meios tradicionais (Tv, Jornais e Rádio), seja através do recurso á Internet (e os blogues tornaram-se uma “ferramenta” bastante útil), ou então utilizando simplesmente o clássico “conhecimento” ou “amigo do amigo”, que podem ser fonte importante de noticia.

Seja qual fôr o meio, terá de existir sempre da parte de quem é informado a capacidade de “digerir” o que lhe é transmitido, valorizando o que realmente interessa, fazendo-o com a mente aberta no sentido de montar o puzzle que está quase sempre por detrás de qualquer assunto em discussão.

Toda esta introdução para dar os parabéns a dois Leões, “velhos” conhecidos de outras andanças, que sem outra motivação que não a tentativa de alertar os Sportinguistas para um cenário possível (e eu pessoalmente acredito que muito provável), compilaram, analisaram e partilharam, no blogue BnRb, informação relativa á excessiva dependência do Sporting e de alguns dos seus antigos e potenciais futuros dirigentes, para com uma determinada instituição bancária, e que pode ser consultada aqui e aqui.

Eu sei que aqueles que apoiam o palhacito Cambalhotas descartam todo o tipo de informação que vá contra a sua pré-determinada opinião, de que o homem mais honrado de Portugal é o “salvador” do Clube, optando em alternativa por menorizar o trabalho apresentado, referindo-se-lhe como uma “teoria da conspiração” ou como algo que “não tem pés nem cabeça”.

Eu gostaria de perguntar aos que assim pensam qual a posição deles em relação ao caso “Apito Dourado”, á existência de um “Sistema” no futebol nacional e ás alegadas promiscuidades entre os vários agentes do futebol em Portugal.

Sim, é verdade que existem fortes indícios de corrupção, de actividade criminal e de ligações perigosas entre instituições várias, mas... e as provas? Onde estão?

Vamos todos descartar a informação existente e assumir que nada se passa porque até ao momento ainda não se conseguiu (ou não se quis) provar nada?

Eu sempre achei que onde há fumo há fogo, e por essa razão gosto de ter em conta TODA a informação disponível, para fazer a minha análise e chegar ás minhas conclusões, mesmo que condicionadas.

E por falar em fumarada, porque não atentar mais na Operação Furacão e no que pode estar por detrás do que está a ser investigado e quais as instituições que estão debaixo da lupa?

E já agora, porque não recordar algumas palavrinhas, que quase circum-navegam o globo e que têm um denominador comum:
Portucale - Portugal / Mensalão - Brasil / Escom Mining – Angola