segunda-feira, março 27, 2006

A questão dos nomes – O Presidente

Apresentei há dias 4 nomes para outros tantos lugares na organização directiva do Sporting. Logo nessa altura reconheci que alguns dos nomes lançados poderiam gerar uma certa confusão por quem passa por este blog e conhece o que tenho defendido.

Serve este post para começar a clarificar a questão.

Afirmo desde já que o que me interessa não são exactamente os nomes mas a estratégia que deve estar subjacente a cada um dos lugares. Depois sim, de acordo com o que se pretender para cada lugar devemos procurar o perfil mais adequado.

Para não tornar isto demasiado maçudo á meia duzia que por aqui passa, dividirei a questão em 4 posts, tantos quantos os lugares a que fiz referência. E começarei com o posto mais alto da hierarquia, que não eventualmente o mais importante... logo veremos porquê.

O Conselho Directivo

O Presidente do Sporting deve representar o Clube para o exterior, na sua relação com as várias instituições, desportivas, sociais ou politicas, na imagem do Clube perante os restantes cidadãos ou a Imprensa.

Cabe-lhe a ele o papel de representante dos mais elevados valores Sportinguistas, assumindo uma postura “de estado” que lhe permita fazer valer a sua posição e sobretudo o seu discurso, nas desejavelmente poucas vezes em que intervenha e apenas em assuntos da mais alta importância para a vida do Clube.

Será da sua óbvia responsabilidade implementar a estratégia que os sócios em AG, ou os restantes adeptos em reuniões levadas a cabo nesse sentido, venham a propor ou sugerir, procurando uma comunhão de ideias tão próxima quanto o possivel entre todos os Sportinguistas.

Podem pensar alguns que estas caracteristas preconizam um figura esvaziadada de poder... e se calhar não andarão muito longe da realidade, isto porque quanto a mim deveria existir uma maior divisão de poder em Alvalade, com responsabilidades especificas de cada orgão directivo em determinadas matérias, naturalmente que com a supervisão do Presidente do Sporting, mas sem a sua constante intervenção.

Mas esta supervisão deverá ser EFECTIVA e não sujeita ao peso das “amizades”, que impede a análise clara e objectiva do trabalho levado a cabo pela equipa de gestão.

Por isso mesmo, e porque defendendo a divisão do poder entre os diferentes orgão directivos, não o quero demasiado espartilhado e entregue a vários individuos, gostaria que o Conselho Directivo fosse composto por não mais de 3 pessoas... O Presidente, o Vice para a área desportiva e o Vice para a área financeira, devendo no entanto e apesar de não fazerem parte deste orgão, os presidentes do Conselho Fiscal e da Assembleia Geral assistirem ás reuniões do orgão máximo de decisão do Clube.

Neste cenário parece-me óbvia a “escolha” de Jorge Sampaio para o lugar de Presidente do Sporting Clube de Portugal, pelo seu Sportinguismo, pela sua anterior experiência na presidência de Portugal, por estar convencido de se tratar de uma pessoa inteligente, séria, com uma visão apurada dos temas que rodeiam a problemática desportiva (e não só) nacional, por ser básicamente uma pessoa de consensos, que sabe dialogar e unir esforços para uma causa comum.

E aos que, teimosamente, procuram associar a politica a este assunto, devo deixar claro que tenho a certeza absoluta que Jorge Sampaio jamais utilizaria o seu papel como Presidente do Sporting para obter dividendos politicos.

Aos que simplesmente consideram o ex presidente do país demasiado “brando” para aquilo que o Clube necessita (e atenção que não estou completamente em desacordo com a visão), façam o favor de ler com mais atenção aquilo que espero de um Presidente do Sporting e de continuar a ler esta “série” de posts, porque entenderão que o “combate” deve ser feito por outros intervenientes.